Esta foi uma semana de emoções.
Na terça-feira fui a uma audiência trabalhista de uma funcionária minha. Posso explicar melhor: Denilson comprou um restaurante há um tempo atrás, mas não podia colocar o negócio em seu nome, pois já tinha duas empresas registradas então, sobrou para mim e para a mãe dele. Minha porcentagem é pequena mas, quando há problemas posso assinar e vou resolver. Foi o que aconteceu desta vez.
Fomos Denilson e eu para o Fórum Trabalhista no Centro do Rio para fazer um acordo com a funcionária. Denilson já havia me avisado há algum tempo mas pensei que ele fosse resolver tudo para chegarmos lá com tudo adiantado. Ele não contratou os serviços de um advogado e estava contando com a bondade da funcionária para que ela aceitasse a proposta dele... ingênuo...A funcionária não havia sido demitida, ela estava trabalhando e acionou a justiça para solicitar o fundo de garantia dela que não estava sendo depositado(a culpa realmente foi do gerente que Denilson colocou lá só que ele deu mole geral), até aí eu estava ciente e acho que ela realmente tem o direito de requerer o que lhe é devido, mas na véspera da audiência peguei o processo para leitura e não gostei nada dos requerimentos que a advogada dela fez. Tinha um monte de mentiras no processo e ela estava solicitando uma indenização absurda.
Fiquei muito chateada com o que li e percebi logo a forçação de barra para que ela fosse demitida.
Chegando lá, sem advogado, sem nada estabelecido nós demos sorte e pegamos uma juíza que queria resolver e não prolongar o assunto. Denilson não podia falar uma palavra, afinal ele não era responsável pelo bendito Restaurante. Olha, eu consegui me expressar tão bem que no final a juíza já estava por conta com a advogada da funcionária... daí veio uma proposta que Denilson pensou observando minha desenvoltura em juízo: - Por que você não faz Faculdade de Direito, Flavinha? Acho que você se daria muito bem, eu pago para você.
Na hora não dei muito crédito pois faço tanta coisa, já fiz dois períodos de Direito no meu passado( entrei e cursei diferentes áreas em quatro universidades diferentes, me formei só em uma) e apesar de meu desejo de cursar um dia, não pensava em retomar isso agora... deixei rolar.No final da audiência conseguimos resolver tudo e fui trabalhar, mas está tão difícil controlar o grupo que estamos este ano. A reclamação é geral de todos os professores.
Na quinta-feira estava aplicando um teste e fiquei olhando o comportamento dos alunos e me perguntado: O que estou fazendo aqui? isso não é para mim...
Definitivamente, Denilson me perguntou novamente se iria cursar Direito neste semestre e penso em aceitar a proposta definitivamente para agora.
Tenho que dar uma guinada na minha vida e procurar algo novo para me satisfazer profissionalmente, já que não estou feliz... acho que talvez ele tenha razão e não estou disposta a perder essa oportunidade... quem sabe me encontro, mal não pode me fazer.Essa vida de dona de casa não me pertence muito mesmo, vou trabalhar a partir do próximo mês na transportadora de Denilson(ele está comprando mais reboques) com seu sócio, o negócio está progredindo e ele resolveu pedir minha ajuda(finalmente). É um salário a mais - ele vai me pagar!!!! - e estaremos mais próximos. Tem que levar a sério o que o padre falou: Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe...





Nenhum comentário:
Postar um comentário